A integrante do International Federation of Medical Students' Association da América Latina, a IFMSA Brazil, e aluna do 9º período de Medicina da Suprema, Paula Reges, esteve em Budva (Montenegro) para receber o prêmio de melhor comitê da IFMSA Brazil, pela segunda vez consecutiva.

Diretora Nacional de Intercâmbio Internacional do IFMSA Brazil, Paula foi à Europa para participar do 66ª General Assemble, a Assembleia mundial da organização. O evento ocorreu no início de março e teve a participação de delegações de mais de 95 países. O tema central do encontro foi sobre doação de órgãos e doenças não comunicáveis e conta sempre com o apoio da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Organização Mundial de Saúde (OMS). "É uma conferência onde ocorre discussões sobre ética médica, causas relacionadas a educação na área da saúde, defendendo a melhoria do estudo, debates sobre determinantes globais de saúde, treinamentos de como gerenciar um intercâmbio, atividades fora e dentro dos estágios da clínica cirúrgica, liderança, entre outras dinâmicas complementares", explica.

Além das discussões e apresentações de trabalhos, é durante a Assembleia que ocorre a eleição na Exchange Fair da IFMSA, que premia os melhores comitês e programas de intercâmbio. Pelo terceiro ano seguido a IFMSA Brazil esteve no pódio e pela segunda vez consecutiva conquistou o primeiro lugar. "Na Exchange Fair apresentamos os projetos desenvolvidos no Brasil, como o curso com os intercambistas de inglês médico, de estrutura e intubação, feitos aqui na Suprema. Ganhamos como melhor intercâmbio do mundo, disputando com mais de 70 países", comemora Paula.

Segundo Paula, a IFMSA Brazil recebe cerca de 400 estudantes internacionais durante todo o ano e envia outros 400 acadêmicos brasileiros ao exterior. "Temos que ter uma certa liderança, articulação e coaching. Gerenciamos no Brasil todo, são cerca de 100 faculdade que temos um controle", garante.

Internacionalização Suprema

No ano de 2016, a Suprema recebeu da IFMSA 30 intercambistas, de diversos países. "A imersão dura quatro semanas, tanto para os alunos que vamos receber como para os que viajam para fora. Eles podem estagiar tanto em áreas de pesquisa quanto na área clínica cirúrgica. Há também as atividades extras, como cursos educacionais em aulas práticas em centro cirúrgico ou consultórios", explica. Para esse ano, IFMSA Brazil espera enviar para a Faculdade quatro estudantes internacionais em julho e mais 12 em agosto.

Para a Professora Orientadora do IFMSA Brazil, Patrícia Bochat, a internacionalização da Faculdade traz benefícios não só para o aluno, como também para a instituição. "As vantagens que os estudantes ganham com o intercâmbio vão além de entrar em contato com outras culturas. O programa conta com atividades que visam a humanizar e integrar o discente de medicina com pessoas e costumes diferentes. Ajuda no desenvolvimento psicológico do aluno." Segundo ainda a docente, como resultado do trabalho da IFMSA, a Suprema ganha destaque no cenário dentro e fora do Brasil. "A Suprema ganha visibilidade enorme dentro da IFMSA Brazil. Ela é vista pela organização como uma faculdade engajada, pois temos três alunas que pertencem à diretoria nacional. Isso gera uma representatividade para os estudantes. E ela é colocada no cenário nacional", avalia.

Embarcando no próximo mês de julho para a Itália, a acadêmica Carolina Paixão, do 9º período de Medicina, diz que espera ansiosa o dia da partida e que o intercâmbio vai contribuir muito na sua formação profissional. "Sempre quis viajar e é difícil encontrar um que foque na área médica. Vou estagiar na área de clínica cirúrgica e vai ser interessante saber como que funciona o sistema de saúde deles, as técnicas que usam, os aparelhos que utilizam nos hospitais." As aulas são todas ministradas em inglês e o aluno tem a opção de colocar a experiência como extensão da faculdade no seu currículo. Também existe a possibilidade da mobilidade ser realizada no Brasil. Como a IFMSA está presente em quase todos os estados brasileiros, ela promove a troca de universitários dentro do território nacional. "O intercâmbio também pode ser feito dentro do Brasil. Abre oportunidade de ver um lugar onde o aluno gostaria de fazer residência, por exemplo, criar contatos com tutores de outras faculdades também. A diferença do intercâmbio nacional, é que há a opção de o aluno escolher ficar apenas duas semanas, o que facilita que seja feito no período de férias", explica Paula.

IFMSA

A International Federation of Medical Students' Associations (IFMSA) é uma organização não-governamental que representa associações de estudantes de medicina de todo o mundo. Fundada em maio de 1951 está presente em mais de 120 países.

Uma das principais atividades da IFMSA é a promoção de estágios clínicos e científicos internacionalmente. Cerca de 10.000 estudantes de medicina participam anualmente nestes intercâmbios. A IFMSA organiza também projetos, seminários e workshops nas áreas da saúde pública, educação médica, saúde reprodutiva e Aids e promove os direitos humanos e a paz junto das mais diversas instituições.

Chegou ao Brasil em 1991 e interliga estudantes de medicina de todo o país para fazer a diferença na sociedade e na formação médica. A IFMSA Brazil está presente em mais de 95 escolas médicas em 26 estados brasileiros, que possuem Comitês Locais ativos, que realizam atividades de representatividade estudantil; educação médica; promoção de saúde; produção científica; capacitação em gestão de recursos e intercâmbios acadêmicos, nacionais e internacionais, clínico-cirúrgicos e de pesquisa.
Os interessados estudar fora devem procurar os Coordenadores Locais (CLs) ou entrar em contato através do e-mail: atendimento@ifmsabrazil.org. Mais informações através do site da IFMSA Brazil.