Os alunos da Suprema, Bruna Morais, Lucas Richartz (3º Período de Medicina) e Giordana Paes (5ºPeríodo de Medicina), Suprema publicaram dois artigos na revista internacional Brazilian Medical Students, no último mês.

Com os estudos "Recepção dos calouros: Do ensino médio ao ensino médico" e "Ensino da manobra de ressuscitação cardiopulmonar a população leiga", os acadêmicos escreveram relatos-experiências sobre dois eventos. O primeiro sobre a recepção aos calouros dentro da Faculdade e o segundo sobre como a população pode aprender técnicas de salva vidas.

"Escrevemos os artigos em cima dessas experiências. A conclusão que chegamos sobre o primeiro, foi que temos que receber bem os novos estudantes, pois eles sentem falta de um acolhimento, já que é um ambiente novo para eles, meio estranho ainda. Pegamos resultados de mais de 50 calouros para escrevermos o artigo. Com essas análises pudemos reestruturar todo o evento, seguindo uma melhoria de acordo com o desejo do público", esclarece Giordana.

Para a equipe de estudantes, esse é o melhor momento para coletar dados e trabalhar conceitos com os novos alunos. "Conversamos sobre a questão da empatia, de se colocar no lugar do outro e perceber que ele não está sozinho nessa nova jornada", comenta Bruna.

Já sobre o "Ensino da manobra de ressuscitação cardiopulmonar a população leiga", Lucas Richartz explica que foi realizado uma ação em conjunto com o SAMU, a fim de ensinar para a população leiga, técnicas de identificação e ressureição de parada cardiorrespiratória. A atividade aconteceu no dia 16 de agosto do ano passado, no Shopping Jardim Norte, em Juiz de Fora (MG). "No evento, colocaram 3 estações: massagem cardíaca adulto, desobstrução de vias aéreas em pediatria e utilização do desfibrilador externo automático (DEA), e foi realizado no Dia Internacional do RCP", explica Lucas.

Segundo o discente, questionários foram dados antes e depois das pessoas passarem nas estações para avaliar o grau de aprendizado durante a ação. "Sobre identificar uma parada cardiorrespiratória, 41,87% dos entrevistados não sabiam identificar. Depois da estação, 100% disseram que conseguiam identificar uma parada cardíaca. Não sabiam fazer a manobra de ressuscitação antes, eram 62,95%; depois de passarem pela estação, apenas 1,81% afirmaram não saber fazer a manobra", Lucas aponta os dados coletados.

"Concluímos que a população leiga, como não sabe fazer, ou ela fica desesperada e faz errado, gerando um risco de piorar a situação do paciente, ou ela não faz nada, o que também prejudica o paciente, devido ao tempo, que é crucial para quem está passando mal. Então, ensinar do jeito certo para a população é o ideal a fim de evitar novos acidentes e salvar mais vidas", comenta Giordana. Além de ensinar adultos, as crianças também podem se envolver e serviram de auxílio até a chegada de um socorro ou um atendimento especializado.

Para Bruna, é importante publicar artigos e divulgar os eventos que os alunos da Suprema promovem. "É gratificante poder ensinar alguma coisa enquanto ainda estamos aprendendo. E também pela educação médica, em mostrar em ter empatia e contato com as pessoas, além de humanizar mais a medicina. Cria uma motivação entre os alunos."