Suprema discute Doenças Sexualmente Transmissíveis
Suprema discute Doenas Sexualmente Transmissveis
Acontece hoje e amanhã a I Jornada de Juiz de Fora sobre Infecções Sexualmente Transmissíveis, no Anfiteatro da Suprema. O evento conta com palestras, mesas redondas e apresentação de trabalhos, sendo uma oportunidade para colocar em pauta um assunto de extrema relevância.
Uma das organizadoras do evento, Carolina Paixão Teixeira, aluna do 10º período de Medicina, explica que esse é um momento importante para discutir doenças sexualmente transmissíveis, especialmente a sífilis, que vem ganhando mais notoriedade nos últimos tempos. "A comunidade médica percebeu que ouve um aumento significativo dos casos de sífilis no Brasil, principalmente entre os adultos jovens, o que gera um alerta por parte dos especialistas", comenta Carolina.
Dados do Ministério da Saúde revelam que os casos de sífilis adquirida (em adultos) aumentaram 32,7% no Brasil no período de 2014 a 2015. Entre gestantes, o crescimento foi de 20,9%, enquanto as infecções por sífilis congênita (transmitida pela mãe ao bebê) subiram 19% no mesmo período.
A sífilis, ou lues, é uma doença infectocontagiosa, sexualmente transmissível, causada pela bactéria Treponema pallidum. Pode também ser transmitida verticalmente, da mãe para o feto, por transfusão de sangue ou por contato direto com sangue contaminado. Se não for tratada precocemente, pode comprometer vários órgãos como olhos, pele, ossos, coração, cérebro e sistema nervoso. O tratamento é feito com antibióticos, especialmente penicilina. Deve ser acompanhado com exames clínicos e laboratoriais para avaliar a evolução da doença e estendido aos parceiros sexuais.
Outro assunto abordado pelo simpósio é a discussão sobre a violência sexual, com a presença de membros da delegacia da mulher. Para Carolina, esse assunto é de vital importância, uma vez que é pouco discutido dentro do âmbito acadêmico e a palestra vem para trazer mais conhecimentos sobre o assunto. "A violência sexual contra a mulher ainda é tabu dentro das instituições de ensino. Pouco é se falado dentro de sala de aula e nunca sabemos como agir perante estes casos. Trazer este assunto para a Faculdade é bom porque gera debates e nos deixa melhor preparados para o futuro", explica Carolina.